Estudos realizados com o auxílio de tomografias de alta precisão sugerem que a experiência traumática é tão forte que altera o funcionamento cerebral. Quando o
cérebro é submetido a estresse crônico, o indivíduo perde em qualidade de vida. Daí a importância de procurar ajuda.
A memória traumática difere da memória comum. Ao ser indagado sobre o cardápio do almoço de quinta-feira da semana passada, um indivíduo provavelmente responderia: “Não tenho a menor idéia!”. Neste caso, a memória dispersou-se no passado. A memória do trauma, contudo, guarda detalhes visuais, às vezes auditivos, às vezes físicos, às vezes emocionais, como se tivesse ocorrido há pouco tempo. O indivíduo pode lembrar-se dos sons ambientes, dos talheres, das bebidas, do sabor dos alimentos. A memória fica, portanto, registrada e congelada no cérebro, principalmente no hemisfério direito, grande responsável por administrar nossas emoções. Por outro lado, as ferramentas que nos permitem conferir novo significado à experiência e deixá-la finalmente no passado se encontram no hemisfério esquerdo, responsável por nossa objetividade e racionalidade.
Devido à possibilidade de a pessoa apresentar emoção intensa durante o reprocessamento, é importante que o estado de saúde física do paciente seja discutido previamente com o terapeuta em caso de dúvida. Pessoas com condição cardíaca debilitada, início de gravidez ou doenças oculares devem avaliar alternativas para maior segurança e conforto.
Na dúvida entre carregar um peso emocional desnecessário pela vida ou experimentar uma intervenção com EMDR, tente a segunda alternativa.