BEXIGA HIPERATIVA: VOCÊ SABE O QUE É?

Caracterizada por urgência e aumento da frequência miccional, com ou sem incontinência (perda) urinária, ocorrendo na ausência de fatores metabólicos ou patológicos locais.

É um complexo de vários sintomas, sendo alta a sua ocorrência, causando um impacto negativo na qualidade de vida e, na maioria dos casos, tem tratamento conservador.

A Bexiga Hiperativa só perde para a depressão em alteração da qualidade de vida. Causa nos pacientes, vergonha, ansiedade, neurose, depressão, retração da vida social e inibição na vida sexual.

Pelo menos cinqüenta milhões de pessoas no mundo sofrem de Bexiga Hiperativa e 16 a 17% dos indivíduos apresentam esse problema. A grande maioria da população geriátrica sofre com problemas de controle da bexiga. As contrações involuntárias que ocasionam a Bexiga Hiperativa representam a maior causa da incontinência na terceira idade.

Na prevalência estudada nos Estados Unidos (EUA), 16% são homens e 17% mulheres. Aumenta com a idade (tem 33 milhões afetados nos EUA) e afeta a qualidade de vida, de sono e estado de depressão (Stewart e col, 2001).

Na Europa, a partir dos 60 anos, os homens têm maior prevalência de Bexiga Hiperativa, pelos problemas com a próstata.

Dois terços podem ser do tipo seca (com urgência) e urge-incontinência (quando a vontade de urinar é imperiosa, muitas vezes perdendo urina antes de chegar ao banheiro) e, um terço ocorrer com perda urinária.

A Bexiga Hiperativa traz consequências sociais, psicológicas, ocupacionais, domésticas, físicas e sexuais, trazendo um alto impacto na qualidade de vida. É um problema muito frequente, mas pouco diagnosticado, porque os pacientes têm vergonha de falar a respeito e muitas vezes não se queixam. Muitos acham que é por causa da idade então pensam que precisam conviver com isso.

O diagnóstico é feito pela urgência miccional, com ou sem perda urinária, polaciúria (vai muitas vezes ao banheiro durante o dia) e nictúria (vai muitas vezes ao banheiro durante a noite).

O diário miccional é um bom modo de diagnóstico, assim como os questionários de qualidade de vida.

Ao exame físico poderemos encontrar bexiga palpável (não consegue esvaziar totalmente), sinais de perda urinária, sinais de Hipoestrogenismo, hipermobilidade uretral e prolapsos genitais, os três últimos mais frequentes nas mulheres na menopausa.

O diagnóstico de certeza é feito pelo exame Urodinâmica que, através do enchimento da bexiga com soro, podemos visualizar no aplicativo se o músculo da bexiga tem contrações não inibidas.

O tratamento preferencial é com os relaxantes da musculatura da bexiga (anti-muscarínicos).

Não deixe de queixar-se para seu urologista! A perda urinária e a urgência em urinar não são comuns, mesmo nas idades mais avançadas. Cerca de 80% dos casos de problemas de controle da bexiga podem ser melhorados ou curados.

Referência: Livro Dr. Irineu Rubinstein

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